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Projeto Quelônios da Amazônia

O Projeto Quelônios da Amazônia (PQA) surgiu da necessidade de promover a conservação da tartaruga dessa região. Realizando um trabalho com a comunidade ribeirinha, maiores consumidores da espécie, o Projeto visa a proteção das tartarugas (répteis da ordem dos quelônios), estimulando o manejo do animal, oriundo de águas doces, e a proteção das praias.
Com mais de trinta anos de atuação, o Quelônios da Amazônia é atualmente coordenado pelo Centro de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN), órgão vinculado ao IBAMA, responsável pela coordenação, em âmbito nacional, de todas as ações de conservação e pesquisa voltadas aos répteis e anfíbios brasileiros, exceto as tartarugas marinhas, que estão sob a proteção do Centro de Tartarugas Marinhas – TAMAR.
Com o objetivo de promover principalmente a proteção da tartaruga da Amazônia (Podocnemis expansa) e o tracajá (Podocnemis unifilis), o Projeto atua, também, na preservação do pitiú (Podocnemis sextuberculata), irapuca (Podocnemis eritrocephala), a cabeçuda (Peltocephalus dumerilianus), entre outras.
No Brasil, há registros de exploração das espécies de quelônios que ocorrem na Amazônia desde o Período Colonial, época em que, com grandes quantidades de ninho, os ovos eram maciçamente utilizados na produção de óleo e manteiga, matéria-prima empregada na iluminação de lâmpadas. Além de servirem para a alimentação, esse quelônios tinham suas carapaças usadas como bacias, como instrumentos agrícolas ou eram queimadas para que as cinzas fossem aproveitadas para a fabricação de potes. A pele de seu pescoço era utilizada como algibeira de tabaco ou esticada para a fabricação de tamborins e a gordura, misturada com resina, era usada para calafetar barcos. A pressão sobre esse animais, como da fauna e flora em geral, tornou-se mais intensa com a construção da transamazônica e a consequente ocupação extrativista e utilização dos recursos naturais sem um planejamento adequado. Era, portanto, urgente a necessidade de regulamentação sobre essa exploração, processo que acarretou no atual Projeto Quelônios da Amazônia.
Nos dias atuais, o Quelônios da Amazônia atua protegendo aproximadamente 196 áreas de desova e já protegeu cerca de 40 milhões de filhotes das diferentes espécies de quelônios, principalmente da tartaruga-da-amazônia, do tracajá e do iaçá, proporcionando o repovoamento e a recuperação das populações naturais dessas espécies.
Todo esse trabalho contribui para consolidar o RAN como uma das mais importantes iniciativas ecológicas e de cunho social do Brasil, pois ele busca garantir não só a sobrevivência das várias espécies de quelônios, mas também, preservar a cultura local e oferecer uma alternativa econômica para a região.

Fonte:  Portal online do IBAMA
              Portal online do ICMBIO

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