Há alguns dias, o Brasil anunciou uma meta voluntária para cortar suas emissões de carbono, em um gesto político que tentava chamar a atenção das nações desenvolvidas .
Infelizmente, a tática não funcionou, e no domingo, os líderes dos países mais poluidores do mundo, Estados Unidos e China, finalmente deixaram claro que não haveria um acordo vinculante em Copenhague. Mesmo assim, o Brasil não pretende cruzar os braços.
Infelizmente, a tática não funcionou, e no domingo, os líderes dos países mais poluidores do mundo, Estados Unidos e China, finalmente deixaram claro que não haveria um acordo vinculante em Copenhague. Mesmo assim, o Brasil não pretende cruzar os braços.
Lula garantiu que irá a Copenhagen.
Foto: ©World Economic Forum ().
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O Brasil já havia demonstrado liderança com o plano apresentado na semana passada, em que o país se comprometeu a reduzir suas emissões de carbono de 36% a 38,9% até 2020, em relação aos níveis que atingiria se não tomasse nenhuma providência.
Agora, o envolvimento do país para garantir o avanço da questão aumentou. Segundo o Jornal do Brasil, tanto o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, como a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, estão encabeçando ações para colocar o Brasil em uma posição de liderança para a assinatura de um acordo climático global.
Dilma participou de uma reunião de emergência em Copenhagen, e afirmou, em entrevista ao jornal O Globo, que a convenção de dezembro poderá ter resultados positivos, desde que os países desenvolvidos apresentem metas e objetivos concretos.
Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou sua participação na cúpula de Copenhagen, em 16 e 17 de dezembro, reafirmando a crença na assinatura de um acordo satisfatório, apesar da decisão dos EUA e China.
Segundo O Globo, Lula ressaltou que nenhum país poderá se furtar a apresentar números sobre suas emissões, nem mesmo os mais poluidores. Apesar de não ter ficado surpresa com o anúncio dos dois países, afirmou que o Brasil tomou a iniciativa de estabelecer metas claras justamente para poder demonstrar aos países que tentam “dar lições” ao Brasil que o país fez a sua parte, e que agora é a sua vez.
O Brasil não foi o único a rejeitar veementemente a decisão de EUA e China. A primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, afirmou que seu país continuará apoiando objetivos ambiciosos para a cúpula.
No entanto, o secretário-executivo da convenção da ONU, Yvo de Boer, indicou que um acordo vinculante deve ser fechado em 2010. De qualquer forma, é evidente que a resposta final sairá das reuniões de dezembro – é esperar para ver.
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